Archive for fevereiro, 2007


Lei do Karma

Para se definir karma devemos primeiro saber o que o karma não é. Geralmente as pessoas confundem esse conceito ligando-o muito à um uso causal. Normalmente as pessoas falam resignadamente sobre uma situação em particular e fazem uso da idéia de Karma para se reconciliarem com ela. Quando as pessoas falam de Karma desta maneira, subentende-se que Karma é um veículo de escape assumindo todas as características de uma crença em predestinação, ou destino. E com certeza este não é o significado correto de Karma.
Em um nível mais fundamental, a Lei do Karma nos ensina que certos tipos de ação nos leva inevitavelmente à resultados similares. Se fazemos algo beneficente, cedo ou tarde obteremos um resultado beneficente, e se fazemos algo danoso nós inevitavelmente obteremos um resultado danoso. Isto é o que queremos dizer, no Budismo, quando nos referimos que certas causas nos trazemos efeitos particulares que são similares na natureza àquelas causas.
No ensinamento Budista, a lei do karma, diz somente isto: ‘para todo evento que ocorre, seguirá um outro evento cuja existencia foi causada pelo primeiro, e este segundo evento poderá ser agradável ou desagradável se a sua causa foi benfazeja ou não.’ Um evento benfazejo é aquele que não é acompanhado por cobiça, resistência ou ilusão; un evento incorreto é aquele que é acompanhado por uma dessas coisas. (Eventos não são corretos por si só, mas eles são chamados assim somente em virtude dos eventos mentais que ocorrem com eles.)
Logo, a Lei do Karma prega que responsabilidade para as ações incorretas nasce da pessoa que os comete. O Karma não está condiconado à crença na reincarnação, mas sim, é parte daquela doutrina. Você não tem que acreditar em vidas prévias para aceitar o Karma.
Karma significa ‘ação’. Literalmente, alguma coisa ‘que inicia um movimento ‘em algum tempo no passado’tem um efeito em algum outro tempo. Portanto, Karma pode surgir de nossa vida atual tanto quanto de uma outra passada.

O Karma é freqüentemente pintado com alguma coisa negativa ou ‘ruim’, mas pode ser também positivo e ‘bom’. Na verdade Karma é neutro. karma é um constante equilíbrio de forças entre nós mesmos e o mundo em que vivemos. É um sistema dinâmico, auto-ajustável no qual existe um feedback constante de acordo com a maneira com a qual nós aceitamos ou recusamos nossas experiências a cada momento. Nossa reação e atitudes diante da experiência é mais importante que a própria experiência.
Os termos “bom karma” e “mau karma” são usados no Budismo não no sentido de “bem e mal”, e sim num sentido de (kushala) inteligente, habilidoso, beneficente e (akushala) não inteligente, inábil e prejudicial. Portanto as ações são beneficentes quando elas são benéficas para a própria pessoa e para os outros, e conseqüentemente são motivadas não pela ignorância, apêgo e aversão mas, por sabedoria, renúncia ou desapego, e amor e compaixão. Portanto karma é uma ação intencional, consciente, deliberada e voluntária.

Para as ações sem intenção, tais como caminhar,dormir, respirar, não existem conseqüencias morais, portanto elas constituem um karma neutro. As ações prejudiciais que devem ser evitadas estão relacionadas com as chamadas três portas da ação — que são: corpo, mente e voz. Existem três ações prejudiciais do corpo, quatro da voz e três da mente. As três ações prejudiciais do corpo são (1) matar, (2) roubar e (3)  comportamento sexual improprio. As quatro ações prejudiciais da voz são (4) mentir, (5) discurso cruel, (6) calúnia e (7) fofoca maliciosa. As três ações prejudiciais da mente são (8) avareza, (9) raiva e (10) ilusão. Evitando-se estas dez ações prejudiciais nós poderemos evitar as suas conseqüências similares.
Ações insalubres produzem resultados insalubres na forma de sofrimento, considerando que ações saudáveis resultam em efeitos saudáveis, ou felicidade. Os efeitos de ações são semelhantes às suas causas.
Toda causa tem seu efeito. Porém, deve haver condições sob as quais as ações são executadas.
As condições que determinam a força ou peso do Karma aplicam ao sujeito e ao objeto da ação. Além disso, há cinco condições que modificam a força de Karma:
1. ação persistente, repetida
2. ação feita com grande intenção e determinação
3. ação feita sem pesar
4. ação feita para esses que possuem qualidades extraordinárias
5. ação feita para esses que têm beneficiado alguém no passado.
Embora Budismo enfatize o Karma, ele rejeita o destino. A pessoa deveria fazer boas ações o tempo todo, e deixar que todas as condições boas surjam de forma que:
1. uma retribuição má tem pouca chance para vir a um efeito
2. uma retribuição boa fica mais significante para aumentar nossas vidas em felicidade e bem estar.
Pessoas que vêm o Karma com uma coisa fixa ou um destino irrevogável jamais terão suas vida alteradas. Tudo que elas terão que fazer seria seguir o plano traçado para elas e assim elas estarão alinhadas com seus Karmas. Por outro lado, as pessoas que vêm o Karma como algo fluído, se desenvolvendo o tempo todo, descobrirão  sempre uma nova maneira para responder em vez de agir cegamente sempre da velha maneira. Isso significa que esta pessoa é responsável para criar novas situações em vez de lidar com o ‘velho karma’ de outras vidas
Vamos tomar como exemplo uma série de eventos. Uma sensação desagradável acontece. Um pensamento surge que a origem desta sensação desagradável foi uma pessoa. (Este pensamento é uma ilusão; logo qualquer ação baseada nele será incorreta). Um pensamento surge que alguns dessas sensações desasgradáveis vieram da mesma pessoa. (Este pensamento é uma outra ilusão). Isto é seguido por uma decisão incontrolável de dizer palavras que produzirão uma sensação desagradável na qual é percebida como se fosse uma pessoa. (Esta decisão é um ato de hostilidade. De todos os eventos descritos até agora, somente este é chamado de karma) Palavras são cuidadosamente escolhidas na esperança de que quando elas forem ouvidas, causarão dor. As palavras são pronunciadas altas. (Esta é a execussão da decisão de ser hostil. Isto também pode ser classificado como um tipo de karma, apesar de tecnicamente ser um depois-do-karma). Existe uma sensação visual da sobrancelhas errugada e a boca caída nos cantos. O pensamento surge que a outra pessoa foi afetada. O pensamento surge que o sentimento da outra pessoa foi ferido. Existe uma sensação agradável de sucesso ao perceber que a pessoa foi ofendida verbalmente. Eventualmente (talvez muito depois) exista uma sensação desagradável de arrependimento, talvez tomando a forma de um sensação de medo que o inimigo possa retaliar, ou talvez tomando a forma de remorso por ter agido impetuosamente, como uma criança imatura, na esperança de que ninguem vá se lembrar dessa ação. (Este arrependimento ou medo é o desagradável amadurecimento do karma, a decisão incorreta de infligir dor através das palavras).

Se não existe nenhuma pessoa, então não existe o eu e o outro. Não existe distinção entre a dor na qual existe uma consciência sensorial direta ( que convencionalmente chamada de “a própria dor”) e a dor conhecida por inferência (convencionalmente chamada de “a dor do outro”). Tanto a dor conhecida direta ou indiretamente, existe uma tendência a cultivá-la. Se alegria é conhecida direta ou indiretamente, pode existir tanto uma necessidade para rejeitá-la quanto para cultivá-la. No modo popular, a necessidade para rejeitar a dor e cultivar toda alegria é conhecida como ser ético ou habilidoso ou (se preferir) bom. A necessidade para se cultivar a dor e rejeitar a alegria é conhecido como sendo inapto, sem ética ou mau.
Ser totalmente ético dizem ser impossível para aqueles que fazem uma distinção entre si-mesmo e o outro e mostra preferência sobre o si-mesmo percebido sobre o outro percebido.

Se todos nós pusermos os ensinos de Buddha em prática, não há nenhuma dúvida que nós alcançaremos seus benefícios. Se nós buscamos evitar prejudicar os outros, se nós tentamos nosso melhor para ajudar os outros quando possível, se nós aprendemos a estar atentos, se nós aprendemos a desenvolver nossa habilidade de concetração, se nós cultivamos a sabedoria através do estudo, consideração cuidadosa, and meditação, não há nenhuma dúvida que o Dharma nos beneficiará. Nos conduzirá à felicidade e prosperidade primeiro nesta vida e depois nas próximas. Eventualmente, nos conduzirá a meta da liberação final, a felicidade suprema do nirvana.

Fonte: http://www.salves.com.br/karma.htm

Espírito que se incumbe da tarefa de amparar um outro espírito na etapa encarnatória – todas as pessoas possuem um. Geralmente, são designados os espíritos afins e simpáticos para estabelecerem tal relação. Um guia espiritual é, via de regra, um espírito mais evoluído que o seu protegido. Não raro, se vêem mães guiando filhos ou maridos guiando esposas, e assim por diante. Um guia acompanha o seu protegido oferecendo apoio num momento de sofrimento, esclarecimento numa hora de dúvida, ajuda num instante de perigo, etc. As pessoas, mesmo sem perceber, estão submetidas à influência benévola desse guia constantemente e, ao mínimo pensamento feito a ele, o bondoso espírito se faz presente e exerce sua tarefa caridosa e despretensiosa. Um guia está profundamente ligado a seu protegido por motivos de afinidade espiritual e sempre executa sua missão com um sentimento espontâneo de ajuda, porquanto essa ajuda também significa o seu próprio desenvolvimento e evolução. Essa terminologia de “anjo da guarda“, utilizada seriamente por outras religiões, pode ser tomada “emprestada” pelo Espiritismo, pois se enquadra perfeitamente para esse espírito missionário: consiste no amigo constante e amoroso que Deus proporciona a todos os encarnados na difícil etapa carnal – é comumente também chamado de “protetor espiritual” ou de “mentor espiritual.

Muitos pensam que seu anjo de guarda ou Espírito Protetor seja um ser elevadíssimo, um Espírito Superior – isso é uma presunção. Seria o mesmo que pretendermos que o Ministro da Justiça viesse resolver a nossa questiúncula com nosso vizinho. Para isso, existe uma autoridade específica. Que temos diversos Espíritos que se interessam pela nossa proteção e desenvolvimento, não resta dúvida, mas que os mesmos sejam de ordem superior é pura vaidade de nossa parte; contudo, são de fato melhores do que nós, pois não se justificaria que um inferior protegesse um superior. Assim sendo, todos nós temos os nossos guardiães, segundo as nossas condições evolutivas. Entretanto, é necessário lembrar que há uma hierarquia em todos os planos, tendo em vista que quando o problema escapa à competência do mentor, ele solicita do seu superior a necessária intervenção. Outro aspecto a ser considerado é o da efetiva e ininterrupta assistência do guardião ao seu pupilo, como fosse um escravo a nosso serviço. Quando os Espíritos disseram que o anjo guardião se liga ao seu protegido, não significa uma constante assistência, mas sim um compromisso para com aquela criatura, ajudando-a sempre que necessário, seja pela evocação feita pelo tutelado ou pelos vigilantes deste, que são os Espíritos familiares ou afins. Caso contrário, o protetor não disporia de tempo para os estudos (o Espírito evolui eternamente) ou para outras tarefas, bem como para o lazer. Lembremo-nos também que temos a companhia que estivermos invocando pelas nossas condições mentais, as quais variam segundo as nossas atitudes: se estivermos voltados para os anseios carnais ou violentos, não poderemos ser ajudados pelos nossos benfeitores, porque, ao afinar com entidades inferiores, automaticamente estaremos repelindo, sintonicamente, aqueles que nos querem ajudar.

Fonte: http://www.guia.heu.nom.br/anjo_da_guarda.htm

Espiritismo

O Espiritismo se baseia na crença de que as almas desencarnadas podem manter contato com o mundo dos vivos, transmitindo ensinamentos úteis ao aprimoramento moral e espiritual da humanidade. Para se comunicar com os vivos, os espíritos desencarnados utilizam-se do médium, que “empresta” seu corpo ou sua voz para esta finalidade.

Na verdade, as tentativas de se estabelecer contato com os mortos remontam aos primórdios da civilização humana, mas foi somente na segunda metade do século 19 que o Espiritismo se estruturou como uma doutrina.

O grande responsável pela codificação dessa crença foi Allan Kardec, autor de Livre des Esprits (O Livro dos Espíritos), lançado em 1853. O nome verdadeiro de Kardec era Léon Hippolyte Denizard Rivail (1804-1869). Juntamente com outros estudiosos do tema, dentre os quais se destacaram os teóricos Camille Flammarion, Frederick Myers, Andrew Jackson Davies e Charles Richet, ele elaborou os princípios fundamentais do Espiritismo, que são:

1. A existência de Deus

Deus é a inteligência cósmica, criadora do Universo e responsável pelo seu equilíbrio.

2. A existência da Alma

A alma é imortal e está envolvida por um corpo espiritual, denominado perispírito. Após a morte, o perispírito conserva as lembranças das experiências terrenas.

3. A existência da Reencarnação

A Reencarnação é o processo pelo qual o espírito evolui moral e intelectualmente. Em vidas sucessivas, ocupando diferentes corpos materiais, ele se aprimora e se redime de seus erros.

4. Metempsicose [do grego: meta= mudança + en= em + psukê= alma]

I. Transmigração da alma de um corpo para outro.

II. Doutrina filosófica de origem indiana, transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de uma período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar à fonte da vida. Como se constata, há uma diferença capital entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação: em primeiro lugar, a metempsicose admite a transmigração da alma para o corpo de animais, o que seria uma degradação; em segundo lugar, esta transmigração não se opera senão na Terra. Os Espíritos lecionam o contrário, que a reencarnação é um progresso constante, que o homem é um ser cuja alma nada tem de comum com a dos animais, que as diferentes existências podem realizar-se, quer na Terra, quer, por uma lei progressiva, em mundos de ordem superior, até que se torne Espírito purificado.

5. A existência da Lei do Carma

É a lei da ação e da reação – ou seja, a cada ação corresponde uma reação. Assim, nossas atitudes presentes vão determinar os rumos futuros do nosso espírito, de modo que nós somos os responsáveis pelo nosso destino.

O ciclo evolutivo espírita preconiza que, ao atingir um determinado grau de aperfeiçoamento, o espírito não precisará mais reencarnar, podendo então gozar as delícias da vida eterna. A prática da caridade é muito incentivada pelos espíritas, pois eles acreditam que, por meio dela, semeamos carmas positivos e nos aproximamos da perfeição.

A primeira sessão espírita no Brasil aconteceu em 17 de setembro de 1865, em Salvador, capital da Bahia.

Os espíritos estão divididos em três grandes categorias, que por sua vez se subdividem em dez classes, a saber:

1. Espíritos Imperfeitos

Essa categoria inclui os “espíritos impuros”, os “espíritos levianos”, os “espíritos pseudo-sábios” (que semeiam enganos), os “espíritos neutros” e os “espíritos perturbadores” (também chamados de “brincalhões”).

2. Espíritos Bons

Aqui estão incluídos os “espíritos benévolos”, os “espíritos sábios”, os “espíritos de sabedoria” e os “espíritos superiores”.

3. Espíritos Puros

Pertencem a uma categoria única. Desta classe, fazem parte os grandes mestres da Humanidade.

Conheça algumas expressões-chaves da Doutrina Espírita:

Ectoplasma: Substância de origem psíquica que emana do corpo do médium. Pode ser visível para quem tem o dom da vidência. É por meio dessa substância que os espíritos operam no mundo material.

Guias: No Espiritismo, existem os “guias” ou “espíritos de luz”, que estão num estágio de aperfeiçoamento bastante avançado. Eles nos trazem conselhos e orientações de ordem material. Pertencem à classe dos “espíritos bons”.
Incorporação: Faculdade mediúnica em que o espírito desencarnado ocupa momentaneamente o corpo do médium, valendo-se desse recurso para desempenhar seu trabalho no mundo dos vivos.

Materialização: Corporificação, total ou parcial, do espírito desencarnado. Ocorre quando o ectoplasma se condensa. É o que acontece, por exemplo, quando o espírito de alguém que já faleceu torna-se momentaneamente visível.

Mediunidade: Faculdade latente em todos os indivíduos, que permite a uma pessoa servir de canal de comunicação ou manifestação para os espíritos desencarnados. A mediunidade se divide em duas principais categorias: a mediunidade física, da qual fazem parte a capacidade de materialização e a incorporação de espíritos de médicos, dentre outras manifestações; e a mediunidade intelectual, que inclui a Psicografia, por exemplo.

Psicografia: Faculdade manifestada por alguns médiuns, que escrevem mensagens enviadas pelos espíritos desencarnados. Durante o processo, o médium não tem consciência do que está escrevendo – em geral, ele permanece com os olhos fechados -, e as mensagens recebidas costumam apresentar teor elucidativo. É um dos trabalhos mais procurados nos centros espíritas, por pessoas que perderam entes queridos e que desejam saber como eles estão vivendo no outro plano. Também existem muitas obras psicografadas na literatura espírita, que foram “ditadas” pelos espíritos de luz.

Fonte: http://www.casadobruxo.com.br/religa/espiritismo.htm